Um dia após terem sido comunicadas da extinção de seus contratos de trabalho, as agentes de saúde de Carazinho participaram na manhã desta quarta-feira (27), de uma reunião na Câmara de Vereadores onde relataram e ouviram a explanação do advogado, Rodrigo Lawisch Alves, sobre a situação que foi enfrentada pelas agentes de saúde do município de Xangri-Lá em que ele atuou, e que assim como ocorreu em Carazinho foram desvinculadas e tiveram de ser readmitidas pela Prefeitura.
Em entrevista ao DM, Alves contou que pelo o que ouviu das agentes e os documentos que lhe foram apresentados, o fato de Carazinho é mesmo muito semelhante ao que aconteceu em Xangri-lá.
O advogado explica que assim como em Carazinho as agentes do município do litoral tinham sido contratadas por meio de processo seletivo realizado por uma entidade filantrópica que geria área de saúde. Em 2012 o processo seletivo foi questionado e as servidoras demitidas das funções, porém em 2016 uma decisão judicial indicou que agentes daquela cidade deveriam ser reintegradas ás suas funções. As servidoras ainda aguardam revisão sobre os valores que deixaram de ser recebidos por elas durante o período em que foram desligadas indevidamente até suas reintegrações.
O advogado que tem escritório na cidade de Santa Cruz do Sul, a partir de agora representará as agentes de Carazinho e passa a analisar toda a documentação que for lhe encaminhada. Segundo o advogado, o primeiro passo é pedir a reintegração das agentes de Carazinho antes mesmo que uma decisão final sobre tema seja deliberada.
O vereador Daniel Weber participou do encontro e se diz otimista em relação ao que ouviu do jurídico que atuou no caso de Xangri-Lá pela nulidade do contrato em Carazinho as 51 agentes de saúde seguem em suas funções até o próximo dia 06 de maio.